Acha que não tem jeito para línguas?

Quarta, 08 Junho 2022 - aprendizagem

Muitas pessoas pensam que não conseguem aprender uma língua estrangeira. 

Apesar de já terem tentado vários cursos, autoestudo e até mesmo aulas particulares, acabam por desistir, pensando que não são capazes. Mas, na verdade, todos nós somos capazes de aprender uma língua nova, dado que já passámos pelo processo mais difícil, nomeadamente a aquisição da nossa primeira língua!

 

É verdade que algumas pessoas aprendem mais depressa do que outras, mas com prática, paciência e persistência, todas têm essa capacidade. 

Estudos na área confirmam que todas as pessoas têm a capacidade de aquisição de uma segunda (ou terceira) língua, até ao grau de proficiência que têm na sua primeira língua. 

Abaixo encontra algumas questões a ter em conta na seleção do seu curso. 

Número de alunos

Alguns estudos científicos dizem que o tamanho ideal de um grupo para aprender um idioma é de 8! Na Faust os grupos têm entre 4 a 12 alunos, permitindo que a aprendizagem se processe de forma personalizada e divertida, dando a cada aluno a possibilidade de falar. 

Além disso, nos grupos menores geralmente cria-se uma dinâmica especial, fazendo com que até os mais tímidos percam a vergonha de falar. 

Padrões de aprendizagem

Na idade adulta muitas vezes já temos uma ideia pré-concebida de como a aprendizagem se deve processar, havendo frequentemente resistência a experimentar métodos diferentes. Contudo, é preciso ter em mente que o ensino tem vindo a evoluir e que existem métodos mais eficazes do que aqueles que experienciámos anteriormente. No campo das línguas, por exemplo, ainda persiste a ideia de que é preciso começar a aprender a língua pelas “bases”, significando isso muitas vezes gramática ou a língua escrita, quando, na verdade, a língua é um todo.

Estudo árduo

Muitos alunos ávidos de resultados compram vários manuais e estudam afincadamente. Claro que qualquer tarefa de estudo dá algum tipo de resultado, mas a experiência revela que a prática da oralidade (compreensão/expressão) é muito mais compensadora. Para aprendermos a falar, temos de falar, chegando o estudo teórico a ser contraproducente à expressão oral. 

Estudo isolado da gramática

Sem dúvida, a gramática é muito importante. Aliás, ela está presente em qualquer atividade de aprendizagem de uma língua. Contudo, ela só faz sentido em contexto. O seu estudo isolado só faz sentido em situações específicas em níveis elevados. A língua é desenvolvida com mais facilidade quando é dada prioridade à comunicação oral.

Compromisso

Se quer mesmo aprender uma língua é necessário que se comprometa com a aprendizagem. 

Numa fase inicial a repetição e a revisão são essenciais, pelo que deve ter aulas no mínimo duas vezes por semana, e, se possível, mais vezes. 

Tenha também consciência que a aprendizagem de uma língua é morosa. Para o primeiro nível (A1), calculam-se 60 a 100 horas. Fazer um curso com menos horas só resulta se tiver depois  uma forma de praticar regularmente, caso contrário será um mau investimento porque rapidamente voltará a perder os conhecimentos adquiridos. 

Se tem pouco tempo esqueça trabalhos de casa, e foque-se nas aulas. Não falte a uma única aula do seu grupo. Se optou por aulas privadas, marque-as com regularidade. 

Como progredir mais rápido

Se tiver possibilidade de complementar o seu curso, veja filmes/séries na língua que está a apreender, interaja com pessoas nativas, ouça rádio e podcasts, leia o jornal (a partir do nível B1) ou utilize apps de aprendizagem. Quanto mais estiver em contacto com a língua mais fácil e rápida será a sua aprendizagem!

Online ou presencial 

O ensino presencial tem uma série de vantagens inegáveis, contudo as aulas online, lecionadas ao vivo, têm quase o mesmo resultado desde que tenha uma boa conexão de Internet, equipamento com boa qualidade de áudio e vídeo e um espaço dedicado, em que consegue “desligar” do resto do mundo. 

Qual a importância do professor nativo?

Só o professor nativo consegue transmitir o sotaque e ritmo corretos da língua. Além disso, a língua é muito mais do que um código linguístico. Para aprendê-la devemos entender a cultura, os hábitos e tradições. Porque uma frase pode estar 100% correta gramaticalmente, mas simplesmente as pessoas não falam assim!